Após ver anúncios em jornais e revistas no início dos anos 2000 prometendo aumento peniano, o brasiliense Mário*, atualmente com 40 anos, decidiu se submeter a um procedimento para realizar o sonho de ter o órgão sexual maior. Em 2007, ele viajou até São Paulo para fazer a aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato), substância que se popularizou na época por prometer resultados rápidos e visíveis.
Mário relata que, inicialmente, ficou satisfeito com o resultado. No entanto, hoje reconhece o risco que correu. “Era em um lugar meio escondido, mas como tinha esse desejo, não verifiquei se o profissional era médico, nem qual produto seria utilizado”, contou ao portal Metrópoles.
O PMMA é uma substância plástica sintética que não é absorvida pelo organismo. Utilizada em preenchimentos estéticos, ela se fixa permanentemente nos tecidos, podendo causar sérias complicações, como inflamações, deformidades e até risco de morte. Devido aos riscos graves associados, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu, em janeiro deste ano, o banimento do uso da substância no Brasil.
O caso de Mário ilustra os perigos da busca por resultados estéticos rápidos e a importância de buscar informações sobre procedimentos e profissionais habilitados. Ele, assim como outras vítimas, agora convive com as consequências de uma decisão que, na época, parecia inofensiva, mas que hoje é motivo de alerta por parte das autoridades de saúde.
*Nome fictício usado para preservar a identidade do paciente.