A Justiça mineira condenou, na tarde desta segunda-feira (30), Carlos Andrade Carsalade, pela morte da irmã, Julieta Werneck de Andrade Carsalade. O crime, que aconteceu há cerca de 2 anos em Belo Horizonte, foi motivado pelo latido do cachorro de estimação da família.
A pena foi de 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. O réu, que está detido, não poderá recorrer em liberdade.
Julieta tinha 47 anos e trabalhava como perita judicial. Ela foi assassinada no dia 10 de outubro de 2019. Após o crime, Carlos fugiu e mais tarde se entregou à polícia.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Carlos deu um golpe com um instrumento cortante na irmã, provocando a morte dela. Ainda segundo a denúncia, a vítima já havia sido agredida várias vezes por Carlos, tendo registrado ocorrências e solicitado medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.
O julgamento, presidido pelo juiz Daniel Leite, foi realizado no Fórum Lafayette. A sessão foi iniciada durante a manhã e terminou por volta das 15h45.
Durante o júri popular, a mãe do réu e da vítima, uma tia e uma mulher que trabalhava na casa deles foram ouvidas como testemunhas. Segundo a Justiça, Carlos confessou o crime e se disse arrependido.
O acusado havia sido pronunciado por homicídio qualificado, por motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda feminicídio. Entretanto, segundo a assessoria do fórum, os jurados não reconheceram as duas últimas qualificadoras.