Uma revisão global publicada pela revista PLOS Medicine revelou que homens têm taxas mais elevadas de doenças como hipertensão, diabetes e HIV/Aids, morrem mais cedo por causa delas e procuram menos o sistema de saúde em comparação às mulheres. O levantamento analisou dados de mais de 200 países e destacou que a resistência masculina aos cuidados médicos está fortemente ligada a fatores culturais e sociais.
De acordo com especialistas, o estereótipo do “homem forte” ainda afasta muitos indivíduos do autocuidado. Comportamentos de risco, como o tabagismo, a negligência com sintomas e a relutância em fazer exames de rotina contribuem para esse cenário. No Brasil, dados do IBGE mostram que a expectativa de vida dos homens em 2023 era de 73,1 anos, quase sete anos a menos que a das mulheres.
Outro dado preocupante é que 70,7% dos casos de HIV/Aids registrados no Brasil entre 2007 e julho de 2024 ocorreram em homens. Além disso, doenças crônicas como hipertensão e diabetes têm levado mais homens a complicações fatais, como infartos e AVCs.
Especialistas defendem que a mudança precisa começar na atenção primária, com políticas públicas voltadas ao acolhimento do público masculino, como a ampliação dos horários de atendimento nas unidades de saúde, ações educativas em espaços informais e campanhas de conscientização como o Novembro Azul.
Apesar de avanços, especialistas alertam que o desafio permanece: quebrar barreiras culturais e tornar o cuidado com a saúde uma prioridade também para os homens.
Fonte: Agência Einstein / Metrópoles
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