Homicídios ocultos revelam subnotificação e alteram ranking da violência no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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O Atlas da Violência 2025, divulgado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que o Brasil teve 3.755 homicídios a mais do que os números oficiais indicam em 2023. Essas mortes, classificadas como “homicídios ocultos”, não foram registradas corretamente por falhas na identificação das causas dos óbitos.

Se consideradas essas mortes, o ranking dos estados mais e menos violentos mudaria significativamente: São Paulo, por exemplo, deixaria de ser o estado com a menor taxa de homicídios e passaria a ocupar o segundo lugar, atrás de Santa Catarina. SP teria deixado de registrar 2.277 assassinatos, com a taxa real subindo de 6,4 para 11,2 por 100 mil habitantes.

Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou 51.608 homicídios ocultos, o que elevaria o total de homicídios no período de 598 mil para 650 mil. Os estados com maior número dessas mortes não identificadas corretamente são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, que concentraram 66,4% dos casos.

Em 2023, 21 estados adotaram medidas para melhorar a qualidade dos dados, e o Espírito Santo foi destaque positivo, reduzindo de 205 para 7 os casos ocultos. Já o Amapá teve piora, com aumento de 40% nas estimativas de homicídios ocultos em um ano.

O governo de São Paulo contesta os dados, alegando diferença de critérios entre os registros jurídicos da SSP e os registros de saúde do DataSUS, utilizados no estudo.

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