Suspenso desde 2019, o horário de verão segue em análise pelo Governo Federal e pode ser retomado ainda em 2025. A discussão voltou à pauta após estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontarem risco de sobrecarga nos horários de pico de consumo de energia entre 18h e 21h nos próximos anos.
O relatório do Plano de Operação Energética 2025 (PEN 2025) recomenda medidas alternativas, como o retorno do ajuste nos relógios, que poderia garantir uma folga de até 2 gigawatts de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o tema é “permanentemente avaliado” e que a análise atual considera também fatores como o nível dos reservatórios e a geração de energia solar e eólica. A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se adotado, o horário de verão deve vigorar de outubro a fevereiro, mas ainda sem datas definidas.
Paralelamente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que busca proibir a prática em todo o território nacional. O texto, aprovado na Comissão de Saúde, aponta possíveis riscos à saúde, como distúrbios do sono e aumento de doenças cardiovasculares.
O horário de verão foi extinto em 2019, no governo Jair Bolsonaro, após estudos indicarem que os ganhos energéticos haviam diminuído com a mudança nos hábitos de consumo da população.