Em plena situação de emergência sanitária em Minas Gerais, o Hospital Júlia Kubitschek, localizado na região do Barreiro, em Belo Horizonte, opera com mais de 100 leitos inativos. A denúncia foi feita por deputados estaduais após uma visita de fiscalização à unidade nesta segunda-feira (5), revelando também falta de insumos, ar-condicionados quebrados e déficit de profissionais.
De acordo com os parlamentares, estão parados 12 leitos de CTI, 16 de enfermaria e 86 de dois blocos desativados desde 2010. A situação ocorre mesmo com o aumento da demanda por conta de doenças respiratórias. Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) alertam que o problema central não é a estrutura, mas a escassez de pessoal.
Durante a visita, pacientes relataram dificuldades para conseguir atendimento. Uma mãe afirmou que precisou acionar a polícia para que sua filha fosse atendida com febre alta. Técnicas de enfermagem também denunciaram improvisos devido à falta de materiais e espaços inadequados para descanso.
A diretora do hospital informou que está em curso uma contratação emergencial de 110 profissionais e que parte dos leitos deve ser reaberta já na próxima semana. Também reconheceu a necessidade de modernizar a infraestrutura da unidade, que tem 64 anos.
Uma audiência pública será realizada pela Assembleia Legislativa para cobrar ações efetivas do governo estadual, com participação do secretário de saúde, da presidência da Fhemig e da direção do hospital.
Foto: Willian Dias / ALMG | Fonte: O Tempo
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