O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo, de 88 anos, faleceu na madrugada deste sábado, 30 de agosto de 2025, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vítima de complicações decorrentes de pneumonia. Ele estava internado há cerca de três semanas na UTI do Hospital Moinhos de Vento .
Verissimo enfrentava diversos problemas de saúde nos últimos anos: era portador de doença de Parkinson, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2021 que lhe causou limitações motoras e de comunicação, e sofria de problemas cardíacos desde que recebeu um marca-passo em 2016 .
Filho do renomado escritor Érico Verissimo, Luis Fernando se destacou pela produção de mais de 70 livros que venderam cerca de 5,6 milhões de exemplares. Tornou-se uma das vozes mais queridas da crônica brasileira contemporânea, famoso pelo humor refinado e por transformar o cotidiano em reflexões perspicazes e bem-humoradas .
Iniciou sua carreira no jornalismo em 1966, no jornal Zero Hora, lançando seu primeiro livro, O Popular, em 1973. Colunista de jornais como O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora, Verissimo também explorou outras linguagens e gêneros: escreveu para televisão, traduziu, atuou como dramaturgo, romancista, publicitário e músico — apaixonado por jazz, chegou a tocar saxofone .
Sua obra marcou gerações com personagens e textos icônicos, como o detetive atrapalhado Ed Mort, o engraçado “Analista de Bagé” e a célebre “Velhinha de Taubaté”, símbolos de sua capacidade de retratar a vida com inteligência, crítica e sensibilidade
