Fiscais do Ibama notificaram 21 madeireiras em Belo Horizonte, Contagem, Divinópolis e Sete Lagoas durante uma operação nesta quarta-feira (6). Eles encontraram irregularidades no lançamento dos chamados “créditos de madeira” no sistema que controla a origem e o destino de toda madeira nativa comercializada.
A suspeita é de que empresas de Minas Gerais estejam mantendo, irregularmente em seus sistemas, um crédito de madeira acima do que deveriam, o que pode favorecer a vinda de madeira ilegal da Amazônia para o estado.
Toda vez que um carregamento é transportado um credito de madeira é emitido. Esta é uma forma de controle da origem do produto para evitar desmatamento ilegal.
A medida que a madeira é vendida, esse credito é passado de consumidor para consumidor, junto com madeira física, até o destino final.
Na operação, os fiscais encontraram quase 95 milhões de m³ entre madeira e carvão nativo.
Ainda segundo a fiscalização, as madeireiras notificadas têm que entregar um laudo esclarecendo a quantidade de madeira em estoque, para que o Ibama confira o quanto de crédito extra há declarado no sistema de cada uma. O excesso de crédito é ilegal.
O Instituto Estadual de Florestas declarou que o sistema utilizado exclusivamente por Minas Gerais é integrado ao sistema de documento de origem de florestas e que já está assinado um termo de cooperação para que seja utilizado o sistema nacional de controle da origem dos produtos florestais para o controle de produtos de espécies nativas no estado.
Em resumo, o sistema de controle de atividades florestais (CAF) é utilizado exclusivamente pelo estado, porém, é interligado por meio de webservice com o sistema nacional.