Incêndios de grandes proporções devastaram cerca de 121 hectares de vegetação no entorno da Serra do Cipó, entre o último sábado (2) e a madrugada desta quarta-feira (6), atingindo áreas de campo rupestre, brejos e nascentes. Os focos ocorreram próximos ao Parque Nacional da Serra do Cipó e ao Parque Estadual da Serra do Intendente, regiões de grande importância ambiental em Minas Gerais.
A Brigada Voluntária Cipó e o Corpo de Bombeiros atuaram no combate ao fogo. Segundo as equipes, as causas mais prováveis estão ligadas à ação humana, como queimadas ilegais para formação de pastagens. Os bombeiros controlaram dois focos na região da Serra do Intendente e permaneceram no local até o incêndio ser considerado extinto, na tarde de terça-feira (5).
Das áreas destruídas, 106,5 hectares estavam na zona de amortecimento do parque e 14,5 hectares dentro da unidade de conservação. A Brigada Voluntária Cipó mobilizou 28 brigadistas ao longo de cinco dias para conter as chamas.
Entre os locais afetados estão regiões próximas ao Pico do Breu e à travessia Lapinha-Tabuleiro, considerada uma das mais belas trilhas do Brasil. A destruição dessas áreas representa risco direto a nascentes e ecossistemas sensíveis.
Agosto é historicamente o mês mais crítico para queimadas na região, por conta da seca intensa e dos ventos. Em vigor desde 2024, um decreto municipal em Santana do Riacho proíbe queimadas entre junho e novembro, mas as práticas ilegais continuam sendo registradas.
Foto: Divulgação / Brigada Voluntária Cipó
Fonte: G1 Minas
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