Nos últimos dias, ao menos sete unidades de conservação em Minas Gerais estão sendo devastadas por incêndios, incluindo o Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho. Desde domingo (28), o fogo já consumiu mais de 6 mil hectares, atingindo a Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira e o próprio parque.
Brigadistas do ICMBio, voluntários e militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG) conseguiram controlar o incêndio na noite de terça-feira (20), mas o monitoramento e a extinção de focos continuam, devido ao risco de reignição. A operação conta com 51 brigadistas, dois aviões air-tractor e um helicóptero.
O fogo, que teve início próximo ao km 120 da Rodovia MG-010, se espalhou rapidamente pela região da Serra do Espinhaço, afetando áreas protegidas geridas pelo Núcleo de Gestão Integrado Cipó-Pedreira. Como medida de segurança, todas as portarias do parque foram fechadas, suspendendo a visitação.
Além da Serra do Cipó, incêndios de grandes proporções também estão sendo combatidos no Parque Estadual Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata, onde mais de 30 militares e brigadistas, com o apoio de aeronaves, estão enfrentando o fogo desde domingo (18). A Polícia Civil investiga as causas dos incêndios, que são suspeitos de terem origem em ações humanas.
A seca intensa, aliada às altas temperaturas e baixa umidade, tem favorecido a propagação das chamas. As autoridades reforçam que o uso de fogo nesta época é proibido e orientam a população a seguir as instruções do Corpo de Bombeiros em caso de emergência.
Os esforços para conter os incêndios continuam, e as autoridades estão em alerta máximo para evitar maiores danos às áreas protegidas e às comunidades próximas.
