Indígenas fecharam uma linha férrea na Estrada das Carretas, na altura do bairro funil, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (25). No dia que o rompimento da barragem da Vale completa três anos, os manifestantes afirmam que não foram indenizados pela empresa.
De acordo com a Polícia Militar, o grupo chegou ao local por volta das 6h e colocou fogo em madeiras, interrompendo a passagem. O ponto do protesto fica entre os municípios de Brumadinho e São Joaquim de Bicas, na Grande BH.
Além disso, os indígenas alegam que foram afetados pelas cheias do rio Paraopebas, que transbordou neste ano por conta das fortes chuvas que atingiram a região no início deste ano. A aldeia teria sido tomada por lama.
Em nota, a mineradora garantiu que tem prestado assistência diante das consequências das fortes chuvas que atingiram algumas regiões de Minas no início de janeiro. Além disso, afirmou que participou de uma reunião com representantes do Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e lideranças indígenas, em que foram apresentadas propostas de auxílio humanitário decorrente das chuvas que afetaram a aldeia Naô Xohã, em Bicas.
“Na ocasião, a empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento das medidas de reparação iniciadas após o rompimento da barragem B1, especialmente referente ao programa de suporte econômico complementar, tendo sido já realizado repasse único e antecipado de valores que seriam recebidos a título de pagamento emergencial até dezembro de 2023, conforme acordado com as instituições de justiça, a FUNAI e os indígenas. Além disso, a empresa segue dando celeridade às obrigações para reparação definitiva aos indígenas e mantém o atendimento complementar de saúde ao grupo”.
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