De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil deverá qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para responder às demandas projetadas pelo setor industrial. As informações fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025 e indicam que, do total apresentado, 2 milhões de pessoas precisam de formação inicial para serem inseridas no mercado no lugar de funcionários inativos ou em novas vagas.
Segundo a pesquisa, os setores com maior necessidade de trabalhadores formados são o de metal e mecânica, o de construção, de logística e transporte e o de alimentos e bebidas. Para o professor Wilquer Ferreira, do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Pitágoras, as áreas das engenharias terão destaque no cenário previsto.
“A grande indústria está prestes a sofrer uma forte movimentação com a chegada de novos profissionais”, afirma o docente. “As organizações necessitam de um olhar clínico para as novas demandas dos consumidores e da sociedade em geral, o que presume uma abordagem disruptiva e sustentável para novos produtos, processos e o cuidado com as pessoas. Neste contexto o engenheiro possui um papel de destaque”, continua Ferreira.
No caso específico dos engenheiros de produção, as atribuições contemplam a gestão de tecnologias e processos, além do fluxo de materiais, pessoas e recursos financeiros. O profissional graduado domina técnicas de administração e conceitos econômicos para otimizar as operações e o nível de serviços de uma instituição. “O engenheiro de produção vem para melhorar a dinâmica da empresa e dar fluidez aos processos organizacionais”, pontua.
Dentro da indústria, o especialista será responsável pelo desenvolvimento organizacional e pelo elo entre as metas estabelecidas pela administração superior e o desempenho operacional. “Cada vez mais, as empresas buscam por profissionais da área de engenharia de produção para gerenciar atividades que demandam poder de decisão”, afirma. “Outras áreas dentro dessa chave como a Elétrica, Mecânica, Civil, entre outras, também estão abrindo caminho no meio industrial”, finaliza o docente.