Com cerca de 1,5 mil patentes de medicamentos vencendo até 2030, a indústria farmacêutica brasileira se mobiliza para produzir genéricos e similares, que podem ser ao menos 35% mais baratos que os de referência. Entre os remédios estão tratamentos para câncer, diabetes, antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios.
As canetas de emagrecimento à base de semaglutida, usadas originalmente no tratamento do diabetes tipo 2, estão entre os medicamentos mais aguardados. A patente da Novo Nordisk, que detém os selos Ozempic e Wegovy, vence em 20 de março de 2026, mas a empresa busca na Justiça estender a proteção, argumentando atrasos do INPI na análise do pedido.
Enquanto isso, farmacêuticas brasileiras já projetam investimentos e produções de genéricos, aproveitando a janela de oportunidade para ampliar a oferta local e reduzir custos. O aumento da competição deve beneficiar consumidores e o orçamento do SUS, que gasta cerca de R$ 20 bilhões anuais com medicamentos.
A produção de genéricos está prevista para reduzir preços, aumentar a disponibilidade e diminuir a dependência de insumos importados. Segundo especialistas, o mercado de genéricos deve crescer em torno de 10% ao ano, apoiado por financiamentos do BNDES e da Finep e políticas industriais como o Nova Indústria Brasil (NIB).
Crédito da foto: Edilson Dantas / O Globo
Fonte: O Globo