sábado, 20 de abril de 2024

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INFORME JURÍDICO: FAKE NEWS E SUAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS

Por Dentro De Tudo:

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Para muitos, a internet é “terra de ninguém.”

Mas, não é bem assim!

A propagação da informação no meio virtual, facilita a divulgação de notícias falsas, manipuladas e impactantes negativamente, trazendo a quem lê sensações de medo, tristeza, revolta, ansiedade etc. É o que chamamos de Fake News.

O que é Fake News?

O termo vem do inglês: Fake – falso e News –notícias, isto é, notícias falsas que viralizam entre os usuários da internet, como se fosse verdade.

E quais as consequências jurídicas de quem publica ou cria uma Fake News?

As redes sociais foram criadas para conectar pessoas e democratizar o acesso à informação.

O direito à liberdade de expressão e manifestação de pensamento é algo garantido na Constituição Federal (arts.220 e 5º, incisos IV, IX e XIV), pois se trata de direito fundamental.

Entretanto, a acessibilidade sem filtro que prejudique, cause danos ou viole direito de outra pessoa, está longe de ser caracterizada como liberdade de expressão e não possui amparo legal.

Isso porque, notícias falsas levam à desinformação e quando veiculada nas redes sociais, podem ensejar o cometimento do ato ilícito.

Por assim dizer, uma postagem na internet que propague conteúdo falso é algo muito grave e pode ser alvo de ação judicial.

Neste sentido, as consequências jurídicas vão desde uma condenação cível consistente em uma indenização por danos morais e/ou materiais à uma punição criminal por injúria, difamação, calúnia ou até mesmo penas restritivas de liberdade e multa.

A legislação específica mais recente é de 2014 (Lei n° 12.965/14) e estabelece princípios, garantias, direitos e deveres, especialmente aos usuários da internet do País.

Então, se você criar uma Fake News em uma rede social, ofendendendo diretamente ou indiretamente alguém e ela viralizar no Brasil, haverá a imposição de consequências jurídicas imediatas, na dimensão do dano causado.

E a rede social? Somente será responsabilizada se descumprir ordem judicial, determinando a retirada do conteúdo.

Entendi. Mas, como saber se a informação é falsa?

Preste atenção ao check list abaixo:

  1. Leia todo o conteúdo, não somente o título.
  2. Observe a data de publicação.
  3. Verifique a fonte/origem e o autor.
  4. Observe se o conteúdo é parcial ou imparcial.
  5. Atenção à frases impactantes e informações vagas.
  6. Cuidado com áudios e imagens sem qualidade, podem ter sido manipulados.
  7. Procure outras fontes que tragam a mesma informação.

Sabemos que não é fácil detectar a veracidade da informação, mas as consequências jurídico-sociais podem ser irreparáveis para as partes envolvidas, mesmo para quem comete o ato ilícito sem ter a intenção.

Portanto, cuidado com o que você publica por aí!

Abraços e até a próxima.

Débora Cupertino.
Advogada.
[email protected].

Meu nome é Débora Bruna Cupertino Corrêa, sou natural de Matozinhos-MG, capricorniana, casada, mãe da Lavínia e advogada por amor e inscrita na OAB-MG: 147.263. Sempre estudei em escolas públicas e tive excelentes mestres! Através do Enem, conquistei a oportunidade de ingressar na faculdade. Pensava em fazer Psicologia ou Letras, mas o Direito me escolheu. Me formei em 2012 pelo Centro Universitário Newton Paiva e, desde então, atuo especialmente, em Direito de Família e Previdenciário. Acredito que a informação é o elo de ligação entre a lei e o cidadão. Minha frase favorita? “A justiça é a verdade em ação.” Joseh Joubert.

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