Instituição clandestina para idosos é flagrada em condições insalubres na Grande BH

Por Dentro De Tudo:

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Uma vistoria realizada por equipes da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde de um município da Região Metropolitana de Belo Horizonte encontrou uma série de irregularidades em um abrigo clandestino que recebia idosos, dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais. Durante a inspeção, realizada nesta quarta-feira (28), foram identificados carne podre, alimentos vencidos, fezes de rato nos quartos, paredes com mofo, esgoto a céu aberto e forte cheiro de urina e fezes.

O local, que abrigava 29 pessoas, apresentava estrutura improvisada e sem condições mínimas de conforto ou higiene. A denúncia que motivou a fiscalização partiu de uma moradora de 86 anos, que relatou maus-tratos, ausência de atendimento médico e abandono. Durante a ação, três moradores foram levados a uma unidade de saúde com sintomas preocupantes, como feridas na pele, pressão alta e dificuldades respiratórias. As autoridades investigam suspeitas de surtos de doenças como leptospirose e escabiose.

A instituição funcionava sem alvará e já havia sido interditada anteriormente. Mesmo respondendo a um processo administrativo, continuava operando ilegalmente. O alerta foi reforçado pelas autoridades de saúde para que familiares verifiquem a regularidade das instituições antes de deixar entes queridos em cuidados externos.

Nos últimos seis meses, pelo menos cinco denúncias de maus-tratos foram formalizadas. O espaço foi alvo de apurações por duas mortes registradas este ano, ambas com indícios de negligência. Em um dos casos, um morador foi encontrado morto em ambiente insalubre; no outro, uma idosa faleceu com ferida na cabeça e divergências no relato dos funcionários sobre o ocorrido. A profissional médica acionada se recusou a emitir o atestado de óbito e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal.

Outras fiscalizações anteriores já haviam apontado falhas estruturais e sanitárias graves, como armazenamento incorreto de alimentos e medicamentos, presença de insetos e cupins, além de banheiros em estado precário. Apesar das denúncias anteriores, o local seguia recebendo moradores.

Foto: Reprodução/TV Globo

Fonte: g1 Minas e TV Globo

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