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Investigações de desaparecidos sem conclusão cresceram 95% em Minas

Por Dentro De Tudo:

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De 2020 a 2022 foram registradas 20,4 mil ocorrências de desaparecimento, sendo que 13,2 mil foram localizados, vivos ou mortos. Entretanto, de 2021 para o ano passado, o número de investigações que não foram concluídas cresceu 95%, passando de 201 para 393, segundo dados divulgados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (25 de maio), Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.

O diagnóstico de pessoas desaparecidas traz ainda um perfil das pessoas que somem no Estado, sendo que os homens com mais de 18 anos são a maioria, representando quase 65% do total. Os adolescentes são 25%, os idosos 7,7% e as crianças apenas 2,4%. Entre as crianças, mais de 60% não foram achadas.

No recorte racial, a maioria dos desaparecidos são pardos (46,71%), seguidos de brancos (26,31%) e negros (15,67%). Com relação à escolaridade, o índice de desaparecimentos parece ser proporcional ao tempo de estudo da pessoa. Quase 25% tem o ensino fundamental incompleto, 24% tiveram a escolaridade foi ignorada e, em seguida, 12,58% eram alfabetizados. Os menores índices aparecem entre as pessoas com superior (completo ou incompleto) ou com pós-graduação.

Os dados da Polícia Civil indicam ainda os principais motivos que levaram ao desaparecimento, sendo que, entre os adultos, que são os mais atingidos pelo problema, a motivação mais comum é o uso de bebida alcoólica, medicamento controlado e drogas.

Material genético

Nesse processo, a fim de dar uma resposta para as famílias, os investigadores coletam material genético de pessoas próximas ao desaparecido. O procedimento é feito com a finalidade de possibilitar a identificação dos desaparecidos por meio de exames e bancos de perfis genéticos. “A gente precisa considerar que isso é importante porque um cadáver desconhecido é um desaparecido em potencial”, destaca a delegada.

São válidas amostras do pai ou da mãe, de filhos, de irmãos ou de alguém com quem a pessoa desaparecida teve filhos. Em Minas, o processo é conduzido pela Polícia Civil. A coleta do material genético faz parte da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, criada com a Lei 13.812, em 2019.

Fonte: O Tempo.

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