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Já é possível levar uma vida normal após queda dos casos da Covid?

Por Dentro De Tudo:

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Dois anos e meio após o surgimento do coronavírus, a pandemia desacelerou. A incidência de casos é considerada baixa pelas autoridades, toda a população acima de 3 anos foi convocada para se vacinar e o uso da máscara não é mais obrigatório, nem mesmo no transporte público ou em hospitais. Na sexta-feira (23), inclusive, o governo de Minas revogou a situação de emergência no Estado. Diante do atual panorama, já é possível ter uma vida normal?

Infectologistas evitam atestar um cenário totalmente positivo. Eles reforçam que o momento é favorável em razão da redução de circulação do vírus, que se deve à vacinação. Porém, os médicos chamam a atenção das pessoas que insistem em não completar o ciclo de imunização e pedem cautela aos grupos de risco, principalmente idosos e imunossuprimidos. 

Para o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano, a vida ainda não é a mesma do período pré-pandemia. O que muda é o fim dos protocolos de segurança. 
“Não temos a vida que levávamos. As pessoas já podem sair para trabalhar, ter lazer. O número de transmissão, atualmente, está bem baixo e as pessoas podem ter uma normalidade. Mas isso pode piorar de repente”, afirma o especialista, que alerta sobre o futuro: “a pandemia, neste momento, está muito estável e sob controle. Amanhã, a gente já não pode prever”.

A preocupação demonstrada por Estevão Urbano se deve à possibilidade do surgimento de novas mutações do coronavírus. “Provavelmente, não estaremos livres deste vírus. Provavelmente, é justamente o contrário. Algum dia poderemos ter uma nova piora do cenário, possivelmente por novas variantes. Acho que esse vírus veio para ficar, seja em momentos em alta, ou em momentos em baixa, mas será muito difícil sumir da nossa convivência. Por isso, a importância da vacinação”.

Quem também chama a atenção para a necessidade de vacinação é o diretor da SMI, Carlos Starling. “Nós temos novas vacinas já adaptadas a variantes e sub variantes da Ômicron que estão circulando e nós ainda sequer compramos os imunizantes. Ainda tem muito trabalho a ser feito em relação a vacinação. A pandemia, infelizmente, ainda não acabou”.

O que dizem as autoridades
A revogação do decreto de emergência no Estado se deve às medidas de prevenção adotadas. Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que considera os avanços da vacinação e uma redução no número de internações. 

A SES, no entanto, reforça a necessidade da imunização de quem ainda não buscou a dose como forma mais segura e eficaz de manter a circulação do vírus em patamares baixos.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que monitora diariamente os dados epidemiológicos. E que, se necessário, pode tomar novas medidas “imediatamente” com base em evidências científicas.

Fonte: Hoje em Dia.

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