A abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias, na noite de 24 de dezembro de 2024, resultou em um grave incidente, quando Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça por disparos feitos pelos agentes contra o carro em que ela estava com sua família. A ação, que ocorreu na BR-040, gerou intensa comoção e debates sobre o uso da força por policiais e a necessidade de mecanismos de controle, como câmeras corporais.
Circunstâncias do Caso
O pai da vítima, Alexandre da Silva Rangel, relatou que sinalizou para encostar ao ouvir a sirene da viatura policial, mas os agentes teriam iniciado os disparos sem qualquer justificativa aparente. Juliana foi levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia e segue em estado gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar o caso, realizando perícia no local, ouvindo depoimentos e apreendendo as armas dos agentes. A PRF afastou preventivamente os envolvidos e destacou que está prestando assistência à família.
Repercussões
O episódio reacendeu críticas sobre abordagens violentas realizadas por agentes da PRF, comparando o caso a incidentes anteriores, como a morte de uma criança de 3 anos em 2023. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, condenou o ocorrido e enfatizou a necessidade de rigor na apuração das responsabilidades.
O debate em torno da adoção de câmeras corporais para agentes da PRF voltou a ganhar força, com especialistas e entidades questionando a falta de medidas efetivas para evitar tragédias como essa.
Nota Oficial
Em nota, a PRF lamentou o incidente e reafirmou seu compromisso em colaborar com as investigações. A direção-geral da corporação determinou o acompanhamento da situação por sua coordenação de Direitos Humanos.
Contexto
Casos como esse levantam questionamentos sobre a necessidade de reformular protocolos de abordagem policial e reforçar mecanismos de transparência e controle nas ações das forças de segurança.