Em 2019, Danielle Estevão Fortes, de 31 anos, passou 11 dias presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, no lugar da irmã, Daniela, de 29, acusada de roubar duas lojas de aparelhos telefônicos na Baixada Fluminense.
A confusão aconteceu, claro, por erro das autoridades policiais e pela semelhança nos nomes das duas. Daniela pagou pelo erro com cinco anos de prisão que se encerraram no último dia 4 de abril.
Agora, as duas têm que lidar com as sequelas do acontecido. Para Danielle, o pior tempo foi logo depois de ter sido libertada porque, segundo ela, a Justiça demorou dois anos para lhe tirar o “antecedente criminal”. “Me libertaram, mas não me inocentaram”.
E além dos problemas na Justiça, a moça tinha que encarar as consequências psicológicas do tempo em que ficou na prisão. “Fiquei dois anos desempregada em depressão e desenvolvi síndrome do pânico. Eu adquiri muitos problemas de saúde por causa disso, mas a gente tem que seguir”, completa ela.
Outro problema foi que, até mesmo na hora do habeas corpus, a Justiça expediu o alvará com o nome errado e o CPF errado.
E, mesmo tendo sofrido pelo erro da irmã, Danielle jamais cogitou afastar-se dela. “As pessoas falaram muitas coisas negativas. Mas ela não é o tipo de pessoa criminosa. Está tentando se ressocializar no âmbito profissional e com a sociedade. Quero que ela siga a trajetória com o filho dela em paz”, afirma a bartender.
Fonte: Itatiaia.