Um estudante teve as pernas amputadas após desenvolver uma doença grave. O jovem consumiu sobras de uma refeição de seu colega, guardadas na geladeira desde a noite anterior, e instantaneamente adoeceu. A bactéria que o atingiu é conhecida por ser transmitida pela saliva. As informações são do jornal britânico The Sun.
De acordo com o boletim médico do jovem – identificado como JC -, os sintomas iniciais incluíram uma forte dor no estômago, além de náuseas. O quadro piorou e, quando a pele dele começou a ficar roxa, um amigo decidiu levá-lo para o hospital. Foi então que, após ser sedado, ele precisou amputar parte de todos os dedos das mãos, bem como as duas pernas na região abaixo dos joelhos.
“O paciente estava bem até 20 horas antes de sua admissão no hospital, quando uma dor abdominal forte e náuseas surgiram depois que ele comeu arroz, frango e outras sobras de um restaurante”, informa o hospital. Cinco horas antes do ingresso para tratamento, a tonalidade da pele ficou mais intensa e um amigo levou o jovem até o departamento de emergência de outro hospital.
Episódio resultou em falência renal
No primeiro hospital que visitou, os exames apontaram a agressiva bactéria Neisseria meningitidis no sangue de JC, conhecida como sépsis. Ele sofreu falência no rim, em um dia, após comer a refeição guardada na geladeira. Os danos foram tão severos que o estudante precisou ser transferido de hospital por meio de um helicóptero. De acordo com um estudo no Reino Unido, 60 mil pessoas sofrem danos permanentes em decorrência da doença, anualmente, na região britânica.
O médico Bernard publicou um vídeo no YouTube para explicar o caso. Ele afirma que, quando a bactéria está no sangue, todos os vasos sanguíneos tendem a dilatar. “Isso faz com que a pressão do sangue caia, prevenindo que o oxigênio entre nos órgãos”, diz.
Ele ainda conta que pequenos coágulos se formam em todos os lugares, já que ficam alojados em pequenos vasos sanguíneos, bloqueando o fluxo do sangue. “Conforme suas mãos e pés ficam frios, eles ficam sem oxigênio”, complementa. Segundo o especialista, o tecido da pele de JC recebeu sangue em excesso e ocasionou na necrose. Isto é, a morte dos tecidos do organismo após a infecção.
Estudante retomou a consciência
De acordo com o boletim, o paciente tinha um histórico de ansiedade e depressão, bem como infecções nos ouvidos durante a infância. Ele também não tinha alergias e já havia recebido todas as vacinas quando era criança. O jovem bebia com moderação e fumava dois maços de cigarro semanalmente, além de maconha todos os dias.
Os médicos também descobriram que, embora JC tenha recebido a primeira dose da vacina para meningite, ele não tomou a dose de reforço quatro anos depois, quando tinha 16 anos, o que é recomendado. O jovem retormou consciência 26 dias após sua condição clínica apresentar melhoras. O que causou a existência da bactéria na comida segue um mistério.
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