A Justiça de Minas Gerais tomou uma decisão significativa ao autorizar o bloqueio de bens de Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ser o assassino do gari Laudemir Fernandes, e de sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.
Laudermir de Souza Fernandes foi brutalmente assassinado a tiros na manhã do dia 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. Testemunhas relataram que Renê Júnior ficou irritado com a presença de um caminhão de lixo que obstruía a passagem de seu veículo durante a coleta de resíduos.
A decisão, proferida pela 3ª Vara Cível da Comarca de Contagem, permite o bloqueio de até R$ 611 mil em bens e valores para cada um dos implicados. A ação foi movida pela filha de Laudemir, que é menor de idade, solicitando indenização por danos morais, pensão e sessões de terapia. No pedido, a autora expressa que “a perda precoce e violenta de seu pai causou-lhe profundo e permanente sofrimento psíquico, além de privá-la do sustento material e do convívio familiar”.
O pedido foi considerado cautelar, visando proteger o patrimônio dos réus para garantir a eficácia de uma possível condenação futura.
Além disso, Renê Júnior foi formalmente acusado de homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e tentativa de fraude processual. A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, responsável pelo caso, também decidiu desmembrar o processo em relação à delegada Ana Paula, que foi indiciada por porte ilegal de arma e prevaricação.
Uma vara criminal de Belo Horizonte agora analisará o caso da delegada, que pode optar por um Acordo de Não Persecução Penal, evitando assim um processo judicial mais longo.
Fonte: BHAZ
Foto: BHAZ