A defesa de Fareed Hajjar, principal suspeito de matar a mineira Suzan Christian Barbosa nos Estados Unidos, pediu que a fiança do acusado fosse reduzida de US$ 2 milhões para US$ 200 mil. A solicitação foi negada em audiência que ocorreu nessa quinta-feira (25).
Segundo informações do g1, os advogados pediram a liberdade provisória do homem para que ele pudesse trabalhar. Em decisão, o juiz Cedric Simpson negou a requisição, alegando que o réu oferece risco para a sociedade.
“Dado o que ouvi hoje, isso pode levar este tribunal a pensar que uma fiança maior pode ser necessária. Mas eu também não vou fazer isso, vou manter a fiança em US$ 2 milhões”, disse o magistrado.
A defesa de Hajjar diz que a causa do óbito ainda é desconhecida e, por isso, a morte por ter sido causada por overdose ou ataque cardíaco por uso de cocaína.
Já a promotora Jessica Blanch afirmou que o resultado preliminar da autópsia indica que a morte da brasileira é “consistente com homicídio”.
Após a decisão, Fareed Hajjar segue preso no Presídio do Condado de Washtenaw.
Mineira encontrada morta nos EUA
Suzan Christian Barbosa foi encontrada morta às margens de uma estrada rural de Michigan, nos Estados Unidos. A mulher viajava pelo país e estava desaparecida desde o dia 22 de junho. Fareed Hajjar, de 57 anos, foi preso por suspeita de envolvimento no crime em julho deste ano.
A polícia local rastreou o paradeiro de Suzan até a cidade de Dearborn, Michigan, onde identificou o suspeito Fareed George Hajjar. As autoridades afirmam que ele está ligado ao crime, mas não deram detalhes sobre a investigação.
“Nossos policiais trabalharam dia e noite com Northfield Township para identificar um suspeito e reunir evidências suficientes para apresentar o caso ao gabinete do promotor”, disse o comandante da polícia de Dearborn, Timothy McHale, em comunicado. “Embora tenhamos obtido algumas acusações neste caso, esta continua sendo uma investigação em andamento e muito ativa”, finalizou.
Hajja também é acusado de exumação e mutilação de um corpo, além de ocultação da morte de uma outra vítima. Ele foi indiciado no Tribunal Distrital 14A-3 em Chelsea. A próxima audiência do suspeito está marcada para 25 de julho.
Mineira ficaria um mês no país
O BHAZ conversou com Roberta Barbosa, irmã da vítima. A empresária, de 38 anos, contou que essa era a primeira vez que Suzan, mineira de Pedro Leopoldo, ia aos Estados Unidos.
“A minha irmã tinha o visto e falava inglês. Ela fez a viagem para olhar alguns imóveis para alugarmos, porque pretendia vender alguns produtos. E a última semana ela iria tirar para passear”.
A mineira iria ficar, ao todo, 30 dias no país. Passados cerca de 23 dias, Suzan parou de entrar em contato com os familiares, que passaram a suspeitar de algo errado.
“Nós falamos com ela até o dia 22 de junho à noite. Depois, a filha tentou contato e não conseguiu. Na segunda-feira ela continuou sem dar notícias e eu resolvi dar uma queixa no hotel em que ela estava hospedada”.
Família soube de morte pela mídia
Suzan ficou desaparecida por sete dias até que a polícia local encontrou o corpo dela às margens de uma estrada rural. A família da brasileira ficou sabendo da notícia por meio da mídia.
“Meu noivo estava procurando por matérias sobre corpos encontrados e pessoas desaparecidas desde que ela sumiu. Então ele viu uma matéria e entrou em contato com o detetive mencionado pelos jornalistas”.
A partir daí, o oficial manteve contato com Roberta para tentar confirmar que o corpo encontrado era de Suzan. Algumas perguntas foram feitas sobre as características da mulher.
Além disso, a empresária precisou enviar um raio-x dos dentes da irmã, que acabou confirmando que o corpo encontrado era de Suzan.
Mas, até o momento, não há detalhes sobre a morte ou suspeitos que possam ter cometido o crime. De acordo com Roberta, o caso deve ser concluído até o fim deste mês.
“As investigações demoram de três a cinco semanas para terminarem. Eles não falam nada sobre as suspeitas. Na minha opinião, foi um crime sexual, porque ela estava nua”.
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