A Justiça negou a liminar solicitando a reintegração de posse da Fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A decisão foi expedida neste sábado (9), um dia após um grupo de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) iniciar uma ocupação no local.
A ação de reintegração de posse foi movida por pessoas que se identificaram, à Justiça, como herdeiras do local. A decisão contrária ao pedido é assinada pelo juiz Christyano Lucas Generoso, da Central de Plantão de Belo Horizonte (Ceplan)
“No presente caso, entendo que não restou suficientemente demonstrada a posse, pois a parte autora se limitou a juntar fotos na qual se verificam três pessoas perto de criações bovina e suína, a partir das quais não é possível identificar inequivocamente o imóvel descrito na inicial. Outrossim, a parte autora afirma na inicial que há caseiros no imóvel, mas deixa de juntar respectivo contrato de comodato, ou ainda, depoimento dos referidos registrados por ata notarial”, lê-se em trecho da sentença.
Segundo o MST, cerca de 500 famílias entraram nas dependências da Fazenda Aroeiras. O movimento diz que o terreno está improdutivo e abandonado pelos proprietários.
“Ocupamos para plantar árvores e alimentos, cuidar das águas nessa região metropolitana tão carente desse recurso, que já foi tão abundante nessa região. Ocupamos porque as terras e os bens da natureza de Minas são do povo mineiro, e não para Zema seguir entregando às suas aliadas, as mineradoras”, disse, nessa sexta-feira, Luana Oliveira, da direção do MST em Minas.
Fonte: Itatiaia.