A Justiça determinou, nesta terça-feira (25 de março), a suspensão do reajuste de 60,5% aplicado no plano de saúde dos funcionários de uma empresa de energia. A decisão, tomada em caráter liminar pela juíza responsável pelo caso, foi uma resposta a uma ação movida por sindicatos da categoria. A medida ainda cabe recurso.
O aumento já foi cobrado nos contracheques de março de funcionários ativos e aposentados. Os sindicatos alegaram que o reajuste foi decidido de forma unilateral, sem a participação de auditoria independente para respaldar os cálculos. A juíza, ao suspender o aumento, afirmou que era necessário apresentar um estudo técnico atuarial ou de sustentabilidade para justificar o reajuste, com a participação dos beneficiários ou seus representantes.
Com a decisão, os sindicatos consideraram que agora será mais fácil negociar com a empresa. O presidente de um dos sindicatos afirmou que a medida é uma vitória para a categoria, pois evita que os funcionários e aposentados fiquem sem plano de saúde devido ao alto custo do reajuste.
Antes da decisão judicial, a empresa havia sinalizado a possibilidade de devolver o valor cobrado no reajuste, mas não havia uma solução definitiva para o impasse. Em reunião com representantes dos sindicatos, ficou acordado que as próximas cobranças poderiam ser suspensas até que uma solução fosse encontrada.
O coordenador de um dos sindicatos considerou a decisão como um avanço e informou que novas negociações ocorrerão nos próximos 45 dias, durante os quais uma nova proposta de reajuste será apresentada.
Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG
Fonte: O TEMPO