Minas Gerais avança na cadeia produtiva de terras raras com a implantação de um centro de inovação e tecnologia em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O projeto piloto, lançado neste ano, busca viabilizar a produção nacional de ímãs permanentes, componentes essenciais para tecnologias como veículos elétricos, turbinas eólicas, celulares e equipamentos médicos.
A operação experimental está prevista para começar no segundo semestre de 2025, com capacidade inicial de até 100 toneladas por ano. Apesar do volume representar apenas 1% da demanda nacional, estimada em 10 mil toneladas, o projeto tem como objetivo provar a viabilidade técnica e atrair novos investimentos para expandir a produção.
Os ímãs serão produzidos a partir de elementos como neodímio, boro e ferro, com foco em uma cadeia produtiva completa, incluindo beneficiamento, fabricação e reciclagem. Segundo o pesquisador Eduardo Neves, a meta é abastecer não apenas o mercado brasileiro, mas também toda a América Latina.
A iniciativa ocorre em um momento de crescente demanda global por minerais estratégicos, impulsionada pela transição energética e pela disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos. O país concentra cerca de 23% das reservas conhecidas de terras raras no mundo, com jazidas significativas em Minas Gerais, mas ainda exporta a maior parte dos minerais para processamento no exterior, principalmente na China.
Além da inovação tecnológica, especialistas alertam para a necessidade de que o desenvolvimento do setor ocorra com responsabilidade ambiental e social, respeitando as comunidades locais e a legislação.
Fonte: g1 Minas | Reportagem de 26/07/2025
#TerrasRaras #LagoaSanta #Tecnologia #Mineração #ÍmãsPermanentes #EnergiaRenovável #BrasilEUA