Um laudo médico divulgado pelo “Domingo Espetacular” da RecordTV revelou que quatro doenças foram responsáveis pela morte da cantora Paulinha Abelha. Um segundo laudo toxicológico também identificou 16 substâncias presentes no corpo da artista, que podem ter influenciado no quadro crítico dela.
De acordo com o documento, a vocalista do Calcinha Preta morreu por hipertensão craniana, insuficiência renal aguda, hepatite e meningoencefalite. Essa última é uma inflamação no cérebro e nos tecidos próximos ao órgão. Geralmente, essa condição é causada por uma infecção, que, no caso de Paulinha, segue sendo investigada.
Remédio para emagrecer
Os exames toxicológicos realizados no corpo da cantora também podem dar pistas do que a levou à morte. Entre as 16 substâncias presentes no organismo estavam anfetaminas e barbitúricos. Também foi encontrado Venvanse, remédio utilizado para Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH). Entre os efeitos colaterais do medicamento, está a perda do apetite e perda de peso.
O remédio é um tarja preta, que teria sido receitado pela nutróloga que acompanhava a artista. Entre as outras substâncias, várias também estão ligadas à perda de peso. “Ela tinha uma verdadeira psicose com a questão do emagrecimento, até porque ela tinha essa questão da retenção líquida”, disse Bell Oliver, companheiro de banda de Paulinha na “Calcinha Preta”, ao Domingo Espetacular.
Segundo especialistas ouvidos pelo programa, a artista pode ter sofrido uma hepatite medicamentosa, causada pelas substâncias. No entanto, ainda não é possível afirmar se o quadro neurológico surgiu antes dos problemas no fígado.
Relembre o caso
A cantora Paulinha Abelha morreu em 23 de fevereiro, após seis dias internada, em coma. A informação foi confirmada no boletim médico do Hospital Primavera da cantora e divulgada pela banda por meio das redes sociais. A artista deu entrada no hospital no dia 11 do mesmo mês, com problemas renais, após um show da Calcinha Preta em São Paulo. No dia 17, ela teve uma piora e precisou ser transferida para a UTI para fazer diálise.
Em comunicado emitido na ocasião, a equipe médica havia informado que Paulinha Abelha já estava em coma há 15 horas no hospital Unimed Sergipe e não pôde ser transferida para outro centro de saúde, já que, “por instabilidade neurológica”, não havia condições clínicas seguras para realizar a transferência.
De acordo com a equipe médica responsável pela cantora, ela morreu às 19h26, em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico. “Nas últimas 24 horas, apresentou importante agravamento das lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo”, divulgou a equipe, na ocasião.
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