O governo de Minas Gerais realizou nesta sexta-feira (19) o leilão que definiu o consórcio responsável pela construção do Complexo de Saúde Hospitalar Padre Eustáquio, em Belo Horizonte. O grupo vencedor é formado pelas empresas Integra Brasil, Oncomed e B2U Participações.
Com investimento previsto de mais de R$ 2 bilhões ao longo de 30 anos, o novo hospital será erguido no terreno do atual Hospital Galba Velloso, no bairro Gameleira. A estrutura existente será demolida, com previsão de início das obras em 2026 e conclusão em 2029.
Estrutura do complexo
O complexo vai absorver quatro unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig): Hospital Eduardo de Menezes, Hospital Alberto Cavalcanti, Hospital Infantil João Paulo II e Maternidade Odete Valadares.
A nova unidade contará com 530 leitos — 110 a mais do que os disponíveis atualmente —, além de ampliar em 40% as consultas especializadas. Estão previstos atendimentos em cirurgia pediátrica, tratamento de leucemia, endometriose e medicina fetal.
Gestão e financiamento
O modelo de gestão será por meio de parceria público-privada (PPP). O atendimento será 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sob responsabilidade da Fhemig, enquanto a iniciativa privada ficará encarregada da construção, manutenção, administração, hotelaria e insumos.
Parte dos recursos iniciais virá do acordo de reparação pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. O vice-governador Mateus Simões destacou que o novo modelo vai gerar economia. “Esses R$ 50 milhões por ano que vamos economizar são suficientes para realizarmos cem mil cirurgias eletivas a mais todos os anos”, afirmou.
Novos empregos
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, cerca de 4,5 mil profissionais devem trabalhar no novo hospital. Parte deles será chamada do último concurso público, mas novas contratações também serão necessárias.
Foto: Divulgação / Governo de Minas Gerais
Fonte: g1 Minas
