Má postura nos estudos pode causar dores e lesões, alerta fisioterapeuta

Por Dentro De Tudo:

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Com um enfoque interprofissional, multiprofissional e transdisciplinar, o curso de Fisioterapia da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) foi classificado como o terceiro melhor do estado de São Paulo no CPC/Enade MEC 2023. Não importa o curso que o aluno está prestando ou a prova que precisa estudar, é comum passar longas horas sentados em frente a livros, computadores ou celulares. No entanto, a falta de atenção à postura e ao ambiente de estudo pode ser prejudicial a longo prazo, resultando em lesões e desconfortos.

A professora Carla Adelino Suaid, coordenadora do curso de Fisioterapia na Unaerp, discute os erros mais comuns cometidos pelos estudantes durante o estudo e sugere hábitos que podem ajudar a minimizar os riscos de problemas na coluna, ombros e punhos. Segundo ela, o principal erro é permanecer por períodos prolongados na mesma postura. “A melhor postura é sempre a próxima”, afirma a professora.

Carla destaca que estudar deitado é o hábito mais prejudicial, pois não oferece suporte adequado para a coluna e o pescoço. O uso de poltronas e cadeiras sem apoio lombar também gera sobrecarga, embora permitam ajustes que podem atenuar os danos. Ela explica que manter as pernas cruzadas por longos períodos pode desalinhar a pelve e a coluna, aumentar a pressão articular e alterar a circulação local.

O uso excessivo de celulares e notebooks, intensificado após a pandemia de Covid-19, também foi associado ao aumento de queixas de dores crônicas na região cervical. Embora ainda não existam evidências científicas definitivas sobre a “síndrome do pescoço de texto”, a professora alerta que permanecer com a cabeça inclinada por longos períodos pode resultar em dores no pescoço. Os problemas decorrentes da má postura incluem alterações permanentes na curvatura da coluna, disfunções na articulação temporomandibular (ATM), dores lombares e cervicais, dores crônicas, dores de cabeça, síndrome do túnel do carpo, sobrecarga nos discos intervertebrais, tendinites e tensão muscular nos ombros.

A professora Carla também menciona que a pressão típica do vestibular pode aumentar o estresse e desencadear bruxismo, que prejudica a ATM, altera o sono e compromete a concentração e o desempenho acadêmico.

Para minimizar esses problemas, a fisioterapeuta recomenda pausas de cinco a dez minutos a cada 50 ou 60 minutos de estudo, além de manter atenção constante à postura correta. Ela sugere pequenos alongamentos no início e no término das atividades, como girar os ombros, esticar os braços, movimentar o pescoço suavemente e levantar as pernas. Outras dicas incluem utilizar cadeira com apoio lombar, diversificar as posições, praticar exercícios físicos regularmente, manter o smartphone na altura dos olhos, apoiar os pés no chão, usar teclado e mouse externos na altura do cotovelo e elevar a tela do notebook para que a parte superior fique na linha dos olhos.

Com medidas simples, os estudantes podem reduzir desconfortos e proteger a saúde física durante a preparação para vestibulares ou provas na universidade.

Crédito da foto: DICom Unaerp. Fonte: g1.

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