Em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a mãe de Nicolas Gabriel Brito Figueiredo, de 6 anos, relatou ter visto o médico que atendia seu filho “deitado no ar condicionado” momentos antes de conceder alta à criança na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O garoto desmaiou minutos após deixar a unidade e morreu, cinco dias antes de completar 7 anos.
Segundo a mãe, Nicolas recebeu benzetacil, dipirona, soro e glicose e permaneceu sob observação por duas horas. Ao procurar o médico, ela teria encontrado o profissional em repouso com o ar-condicionado ligado. Ele teria recomendado que a mãe retornasse à sala de medicação, reavaliou a criança e diagnosticou uma “virose”, liberando a alta às 11h48.
Pouco depois de sair da unidade, Nicolas passou mal novamente, sendo levado às pressas para atendimento. A mãe foi impedida de acompanhar o atendimento desta vez. Cerca de uma hora depois, o médico informou aos familiares que poderia ter sido uma reação alérgica antes de confirmar a morte. O incidente levou familiares a tentarem agredir funcionários e quebrar uma vidraça da UPA, acionando a perícia.
O médico relatou à Polícia Militar que a criança apresentava febre, vômitos e glicose baixa, e que foi medicada e reavaliada antes de receber alta. Segundo ele, minutos após a saída da UPA, Nicolas retornou desacordado e com convulsões. Foram realizadas manobras de ressuscitação, 15 tentativas com desfibrilador e infusão de bicarbonato, sem sucesso.
A Prefeitura de Santa Luzia divulgou nota lamentando o ocorrido e informou que o caso será investigado pelo Executivo. A Polícia Civil também acompanha as investigações.
Fonte: O TEMPO — José Vítor Camilo, 28/08/2025
