A mulher de 32 anos que atirou a filha de 6 anos do 10º andar de um hotel no Centro de Belo Horizonte e, em seguida, tirou a própria vida, sofria de depressão há anos e relatava pensamentos suicidas, segundo familiares. O quadro teria se agravado após a denúncia de que as duas filhas teriam sido vítimas de abuso sexual em 2020, quando tinham 1 e 8 anos. O suposto agressor seria um adolescente de 14 anos, sem relação com a família.
Relatórios da época apontam que, após o caso, a mulher passou a apresentar crises emocionais e interrompeu o tratamento psiquiátrico há mais de um ano. Parentes afirmam que ela carregava forte sentimento de culpa pelo ocorrido.
A tragédia ocorreu na última segunda-feira (1º). Segundo relato da filha mais velha, de 13 anos, a mãe havia proposto três alternativas: que todas tirassem a própria vida, que a adolescente fosse morar com a avó ou que mudasse para o Espírito Santo com o pai biológico. A jovem recusou, mas contou que a mãe deu grande quantidade de remédios à criança de 6 anos antes de atirá-la pela janela. Depois, também se lançou.
Equipes do Samu e dos bombeiros confirmaram as mortes no local. O companheiro da mulher relatou à polícia que ela já mencionava suicídio em outras ocasiões. A Polícia Civil investiga o caso, e a filha de 13 anos está sob cuidados da avó materna.
Crédito do texto: Lucas Gomes / O TEMPO
**Crédito da foto: Videopress Produtora / O TEMPO

















