Em vez das tradicionais festas em clubes, praias, sítios e casas de eventos, o Réveillon será celebrado em casa por 65% dos brasileiros neste ano, de acordo com uma pesquisa realizada pela Hibou, empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, em parceria com o Score Group. A pandemia mudou os planos de fim de ano da maioria da população, que, apesar da saudade acumulada dos encontros com familiares e amigos, deve optar por comemorações mais reservadas, como forma de prevenção do coronavírus.
Segundo a pesquisa, 12% dos brasileiros não pretendem comemorar a chegada de 2021. Apenas 5% vão viajar para a praia e 4% vão passar a virada do ano com amigos. Para a maioria dos entrevistados, o Natal também será diferente: 79% das pessoas vão comemorar a data na própria casa, e apenas 10% vão para a residência de um familiar.
“As pessoas já passavam o Natal em família, mas elas iam todas para um lugar em comum, a casa dos avós ou uma cidade do interior. O que a gente percebe agora é que elas vão passar muito nas próprias casas, para se aglomerar menos”, avalia a sócia da Hibou e responsável pela pesquisa, Lígia Mello.
Em relação ao ano que está por chegar, as expectativas variam. Enquanto metade (50%) das pessoas está esperançosa, 41% dos entrevistados se dizem preocupados. Nos últimos cinco anos, a pesquisa apontava que a grande maioria da população, até 90% dos brasileiros, sentia esperança de um ano melhor. “As pessoas estão com essa preocupação: será que o ano que vem vai ser melhor ou pior do que este? Será que vou poder viajar, encontrar com os amigos no bar? O brasileiro está com um ponto de interrogação na cabeça”, conclui Lígia Mello.
Belo Horizonte tem agenda cheia de festas de Réveillon
Para quem não ficar em casa na chegada de 2021, a agenda de Belo Horizonte, região metropolitana e cidades do interior de Minas Gerais já está cheia de festas de Réveillon, todas com alta procura. Os organizadores garantem que as comemorações, com shows e atrações de DJs e comida e bebida liberadas, vão seguir todos os protocolos contra o coronavírus, mas, segundo especialistas da saúde, eventos de final de ano ainda não são recomendados, uma vez que apresentam risco de contágio da Covid-19.
Grandes festas não são recomendadas, diz infectologista
Apesar da queda do número de casos e mortes registradas em Belo Horizonte e em Minas Gerais ao longo das últimas semanas, os cuidados preventivos contra o coronavírus devem ser mantidos para evitar um crescimento da curva de infecções, que, ao que tudo indica, deve acontecer. Em Belo Horizonte, a taxa de transmissão da Covid-19 vem aumentando nos últimos dias, chegando a 1,06 no dia 12 de novembro, o que coloca o indicador em nível de alerta.