A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) informou nesta terça-feira (2) que dos 1.785 presos beneficiados com a Visita Periódica ao Lar (VPL) – conhecido também como “saidão” – 253 não retornaram aos presídios.
Segundo a secretaria, dois já foram chefes da maior facção de tráfico de drogas.
Os contemplados por decisão judicial para o “saidão” de Natal, deveriam se apresentar até às 22h do dia 30 de dezembro, mas não compareceram. A evasão corresponde a 14%, menor do que no ano passado, que foi de 42%.
Um dos presos que não retornou da “saidinha” é Saulo Cristiano, que estava preso desde 2012. Ele cumpre pena de 18 anos e 9 meses de prisão por homicídio qualificado e associação para o tráfico de drogas majorada pelo emprego de armas de fogo. Ele foi condenado por matar o militar do Exército Thiago dos Santos Souza, morto no “tribunal do tráfico” porque criminosos acreditaram que ele fazia parte de uma milícia.
O benefício da saída ao Saulo foi concedido pela primeira vez. Em 2022, o Ministério Público foi contrário a permissão da saída temporária.
Condenado por tráfico de drogas a cinco anos de prisão, Paulo Sérgio Gomes da Silva, o Bin Laden também conseguiu o benefício da saída temporária pela primeira vez. A decisão foi da juíza Viviane Ramos de Faria que considerou “o caráter ressocializador do instituto (benefício)”. O traficante deu como endereço que passaria o Natal o de sua companheira, que mora na favela de Botafogo.
Atualmente, o direito é concedido aos presos em regime semiaberto que satisfazem alguns requisitos, como comportamento adequado e não ter sido condenado por crime hediondo.