O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais já registrou 656 focos de incêndio em vegetação apenas nos cinco primeiros dias de agosto. Com a intensificação do período de estiagem, que se estende até outubro, o estado enfrenta uma preocupante escalada nas queimadas, agravada pela combinação de vegetação seca, baixa umidade do ar e ventos fortes.
Desde o início do ano, o estado já soma quase 10 mil ocorrências relacionadas a incêndios florestais. A maioria dos focos, segundo a corporação, é provocada por ação humana, muitas vezes de forma não intencional. “A vegetação seca vira combustível. O fogo começa pequeno, mas rapidamente se espalha”, alerta o capitão Cléber Carvalho.
Incêndios de grandes proporções
Nos últimos dias, bombeiros e brigadistas atuaram em incêndios de grandes proporções, principalmente em áreas de preservação ambiental. Na Serra do Rola Moça, na Grande BH, as chamas consumiram encostas e áreas de mata por quase três dias.
Outro foco crítico foi registrado na Serra do Intendente, próxima ao Parque Nacional da Serra do Cipó, onde pelo menos 120 hectares de cerrado e áreas de nascentes foram destruídos. Indícios como galões e luvas deixados no local apontam para ação criminosa. A suspeita é de que o incêndio esteja ligado à queima ilegal para formação de pastagens.
De acordo com Daniel Guimarães, brigadista que atuou na região, “quase todos os incêndios nesta época do ano são criminosos”. Ele reforça que o período crítico apenas começou.
As regiões atingidas incluem áreas de alta importância ecológica, como o Pico do Breu e a travessia Lapinha-Tabuleiro, uma das mais conhecidas trilhas do Brasil.
O Corpo de Bombeiros reforça que qualquer tipo de queimada é proibida e perigosa neste período e pede o apoio da população na prevenção e denúncia de focos de incêndio.
Fonte: TV Globo / G1
Foto: Reprodução/TV Globo
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