Em Minas Gerais, mais de 630 crianças e adolescentes são vítimas de crimes contra a dignidade sexual a cada mês, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). De janeiro a setembro de 2024, foram registrados 5.699 casos envolvendo vítimas de 0 a 17 anos, um número 3% menor do que o registrado no mesmo período de 2023. No entanto, especialistas destacam que a realidade pode ser ainda mais grave, pois muitos casos não chegam ao conhecimento das autoridades.
Com o objetivo de intensificar as investigações, a operação Hagnos foi deflagrada em todo o Brasil no dia 6 de novembro e seguirá até o final do mês. Um dos suspeitos presos durante a operação foi o primo do “Maníaco de Contagem”, acusado de violência física, moral e psicológica contra sua filha.
Os crimes contra a dignidade sexual, previstos pela Lei nº 12.015/2009, incluem estupro, violação sexual, assédio sexual, exploração sexual e tráfico de pessoas para fins sexuais. Segundo o especialista Jorge Tassi, muitos desses crimes são cometidos por pessoas próximas às vítimas, como pais, avós, tios e até funcionários de escolas. Ele alerta que o diálogo aberto sobre o corpo e os limites desde a infância pode ser uma forma de prevenção.
As consequências para as vítimas de crimes sexuais são profundas e podem afetar sua saúde mental e emocional por toda a vida. A assistência médica é essencial, e as penas para esses crimes podem chegar a 30 anos de prisão.
Fonte: O TEMPO
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