Mais de mil segmentos humanos já foram analisados pelo Instituo Médico-Legal (IML) da Polícia Civil de Minas Gerais desde o rompimento da barragem da Mina do Córrego de Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, há quatro anos.
Um levantamento sobre o trabalho de identificação foi apresentado na manha desta terça-feira (24), véspera da data em que se completa quatro anos da tragédia que deixou 270 mortos – incluindo duas grávidas. Três pessoas ainda são consideradas desaparecidas. Conforme a corporação, estima-se que mais de 15 mil fragmentos corpóreos das vitimas ficaram soterrados no local.
Segundo o médica-legista Naray Paulino, diretora do IML, outros 36 segmentos humanos estão aguardando resultados do exame de DNA. “No inicio havia uma esperança grande para o IML ser acionado apenas por lesões corporais, não imaginávamos tantas mortes. O índice de identificação é o maior do mundo em termos de resgate e quantidade. A maior parte foi feita em 2019 e 2020. Temos alguns exames aguardando identificacao, ao todo recuperamos 1.004 segmentos. Desses, 267 foram identificados. 400 segmentos foram reidentificados e 36 estão sob analise”, enumerou Naray.
Até o momento, 60% da area atingida foi explorada pelas equipes de resgate do Corpo de Bombeiros. A expectativa é de que as três vítimas restantes sejam encontradas em outras localidades. “O desafio fica cada vez maior porque grande parte da lama foi devolvida e eles não foram encontrados. Quanto mais o tempo passa, mais difícil fica. No inicio das buscas era comum encontrar pedaços de corpos. Agora, são outros fragmentos que complicam ainda mais nas análises”, explicou a perita.
Fonte: hoje em Dia.