Março Amarelo: Endometriose atinge cerca de 10 milhões de brasileiras, mas ainda é negligenciada

Por Dentro De Tudo:

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A endometriose, doença que atinge cerca de 10 milhões de brasileiras, é ainda um grande desafio na saúde da mulher, com diagnóstico demorado e pouca visibilidade. Durante o Março Amarelo, campanha de conscientização sobre a doença, a ginecologista Karla Schettino alerta que a condição é muitas vezes ignorada, apesar de afetar cerca de 15% das mulheres. A doença ocorre quando o tecido endometrial cresce fora do útero, causando sintomas como cólicas intensas, dor durante o sexo e dificuldade para engravidar.

A jornada até o diagnóstico pode levar até 10 anos, como é o caso de Ingrid Santos e Fernanda Rezende, que enfrentaram longos períodos de dor e diagnósticos errados antes de descobrirem a endometriose. Famosas como Anitta, Larissa Manoela e Patrícia Poeta têm falado abertamente sobre a doença, ajudando a aumentar a conscientização.

O diagnóstico pode ser difícil, pois os sintomas, como cólicas menstruais, podem ser confundidos com problemas menos graves. A endometriose pode ser diagnosticada por ultrassonografia endovaginal especializada, e o tratamento pode variar entre medicamentos e, em casos mais graves, cirurgia. Além disso, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são essenciais para controlar os sintomas.

A endometriose está associada a distúrbios de ansiedade, depressão e doenças autoimunes, além de ter um fator genético, com filhas de mulheres afetadas tendo maior chance de desenvolver a doença. Embora não se transforme em câncer, a condição pode estar associada a um risco maior de desenvolver certos tipos de câncer, como o de ovário.

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