Com a proximidade das eleições municipais, as pesquisas eleitorais se tornam cada vez mais presentes na vida dos eleitores. Mas você sabe como esses levantamentos são feitos? Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, detalha o processo e a metodologia por trás das pesquisas.
Margem de Erro: A margem de erro é a variação possível nos resultados da pesquisa. Por exemplo, se uma pesquisa aponta que um candidato tem 30% das intenções de voto, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, o apoio real ao candidato pode variar entre 28% e 32%. Essa margem leva em conta a amostragem da população entrevistada e outras variáveis que podem afetar os resultados.
Pesquisa Espontânea e Estimulada: Existem dois tipos principais de perguntas em uma pesquisa eleitoral: a espontânea e a estimulada. Na pesquisa espontânea, os entrevistados respondem livremente em quem pretendem votar, sem que nomes de candidatos sejam sugeridos. Já na pesquisa estimulada, os eleitores escolhem entre uma lista de candidatos apresentada pelo entrevistador.
Metodologia de Coleta: As pesquisas podem ser realizadas de várias maneiras. Algumas são feitas pessoalmente, com entrevistadores abordando pessoas nas ruas ou em domicílios. Outras são realizadas por telefone, onde uma amostra de eleitores é contatada e responde às perguntas. Com o avanço da tecnologia, algumas pesquisas também são feitas online, embora essa metodologia ainda enfrente desafios quanto à representatividade.
Felipe Nunes também analisou o cenário da disputa em Belo Horizonte, destacando que as pesquisas oferecem uma visão importante, mas não definitiva, do cenário eleitoral. “Elas capturam um momento específico e ajudam a entender tendências, mas é importante lembrar que o cenário pode mudar à medida que a campanha avança”, concluiu.