Em menos de dez dias, o uso da máscara de proteção contra a Covid-19 deixará de ser obrigatório em locais fechados de Minas. O aval é do governo do Estado, mas a decisão cabe às prefeituras. As cidades, no entanto, precisam ter bons índices de vacinação. Além disso, médicos pedem cautela caso a flexibilização ocorra.
A desobrigação só poderá ocorrer em municípios com 80% da população com mais 5 anos imunizada com duas doses e 70% com a aplicação do reforço. Em Minas, 9,3 milhões de pessoas tomaram a terceira dose – 56% do público-alvo.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) também considera a queda no número de novos casos para a recomendação.
“Vamos continuar vacinando, mas tentamos, de alguma forma, virar de vez essa página da pandemia com algo tão restritivo. É um passo importante”, afirmou, recentemente, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
A medida, porém, merece cautela, reforçam especialistas. Segundo o infectologista Unaí Tupinambás, ainda é necessário ampliar a imunização de crianças, assim como a aplicação de terceira e quarta dose entre os mais vulneráveis.
“Lembrando que estamos entrando no período onde há mais transmissão de outras viroses respiratórias”, disse, considerando, ainda, que a máscara deveria ser mantida ao menos até o fim do inverno.
“Difícil fazer previsão para o futuro diante desse cenário. É claro que esperamos que esteja tudo evoluindo sempre para melhor, mas não custa nada manter as máscaras em locais fechados”, concluiu.
O acessório deve continuar sendo utilizado em locais com grandes aglomerações, como no transporte público. O uso da proteção em locais abertos já não é mais obrigatório desde a primeira quinzena de março.
