Em menos de 40 dias, as cidades de Matozinhos e Lagoa Santa, no Vetor Norte de Minas Gerais, registraram quatro tremores de terra, conforme informações do Centro de Sismologia da USP. Em Matozinhos, os abalos ocorreram nos dias 15 de abril e 3 de maio, com magnitudes de 1,9 e 2,5 na escala Richter, respectivamente. Em Lagoa Santa, os tremores foram registrados nos dias 22 de abril e 1 de maio, com magnitudes de 2,8 e 1,6 na escala Richter.
Os abalos sísmicos estão se tornando mais comuns na região, com Sete Lagoas também registrando vários tremores nos últimos 12 meses. Mas o que exatamente é um abalo sísmico e quais são os seus perigos?
Um abalo sísmico é uma liberação repentina de energia na crosta terrestre que cria ondas sísmicas. Essa energia acumulada é geralmente resultado do movimento das placas tectônicas, que podem se deslocar, colidir ou se afastar umas das outras. A escala Richter é usada para medir a magnitude dos tremores, com cada aumento de um ponto na escala representando uma liberação de energia aproximadamente 31,6 vezes maior.
Perigos dos Abalos Sísmicos
Embora os tremores registrados em Matozinhos e Lagoa Santa sejam de baixa magnitude, eles ainda podem causar danos locais. Abalos sísmicos podem resultar em:
1. Estruturas Danificadas: Edifícios, pontes e outras infraestruturas podem sofrer danos, especialmente se não forem projetados para resistir a abalos sísmicos.
2. Deslizamentos de Terra: Em áreas montanhosas ou com solos instáveis, tremores podem desencadear deslizamentos de terra.
3. Riscos para a População: Mesmo tremores leves podem causar pânico e acidentes, além de representar um risco para pessoas em áreas próximas ao epicentro.
4. Impacto Econômico: Reparos de danos estruturais e a implementação de medidas preventivas podem gerar custos significativos.
A crescente frequência de abalos sísmicos na região do Vetor Norte de Minas Gerais sublinha a importância de monitorar a atividade sísmica e adotar medidas de preparação e prevenção para mitigar os riscos associados. Inclusive, especialistas na área já estiveram em Matozinhos no passado e monitoram a situação de Sete Lagoas atualmente.