Advogado nega acusações e diz que prisão é ‘ilegal’
O médico investigado pela morte de uma mulher durante a retirada de um dispositivo intrauterino (DIU), foi detido nesta sexta-feira (17) em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Mas, segundo a Polícia Civil, a prisão do cardiologista não é relacionada à morte de Jéssica Marques de Vieira, mas sim às denúncias sobre abuso sexual contra o profissional.
O delegado Cláudio de Freitas Neto explica que ele foi preso por conta de um inquérito de violação sexual mediante fraude. A investigação foi aberta em setembro, após uma paciente relatar ter sido abusada durante uma consulta de risco cirúrgico. Porém, após a morte de Jéssica, outras quatro mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar o cardiologista.
“O caso mais antigo contra ele foi de 2018. Acreditamos que podem haver outras vítimas, já que ele é uma pessoa conhecida e respeitada em Matozinhos, que é uma cidade menor. Inclusive pedimos para que as possíveis vítimas dele procurem a polícia e registrem denúncias contra ele.”
Já em relação à Jéssica, a paciente que morreu após a retirada do DIU, o delegado afirma que aguarda exames laboratoriais e o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) para determinar a causa da morte da mulher: “se houve realmente crime e qual o motivo de uma morte durante um procedimento simples.”
Na clínica do médico, em Matozinhos, a Polícia Civil apreendeu computador, prontuários e outros documentos de pacientes e até remédios que em tese não poderiam estar na clínica.
Advogado nega acusações
Já o advogado André Martins, que representa o médico, evitou comentar as acusações contra o cardiologista e alegou não ter tido acesso aos detalhes do caso. O defensor afirma que a audiência de custódia foi transferida para este sábado (18). Ele classifica a prisão do seu cliente como “ilegal”.
Já em relação à clínica do cardiologista, que foi fechada após uma fiscalização da vigilância sanitária, o advogado afirmou que a esposa e sócia do cardiologista está providenciando as alterações necessárias para que a clínica seja liberada.
Fonte: Itatiaia.