O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, tem preocupado médicos e especialistas devido ao aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos. Segundo projeções do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 45 mil brasileiros devem receber esse diagnóstico em 2025. A doença já é o terceiro tipo de câncer mais comum no país, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e dos de mama e próstata.
Em 2020, o Brasil registrou pouco mais de 20 mil mortes por câncer colorretal. Em 2024, esse número saltou para quase 26 mil. Tradicionalmente, a maioria dos diagnósticos ocorre após os 50 anos, mas médicos alertam para o crescimento expressivo entre pessoas na faixa dos 30 e 40 anos — o que tem gerado atenção especial da comunidade médica.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, professor da USP, o aumento está diretamente ligado ao estilo de vida moderno: sedentarismo, alimentação rica em alimentos ultraprocessados, obesidade e baixo consumo de fibras. “O ideal é começar a prevenção ainda na juventude: comer bem, praticar atividades físicas e evitar hábitos nocivos”, explica.
Sinais e prevenção
Os sintomas do câncer de intestino podem ser silenciosos no início. Entre os mais comuns estão:
- Presença de sangue nas fezes;
- Alterações no hábito intestinal;
- Dores abdominais persistentes;
- Perda de peso sem causa aparente.
Segundo o médico Virgílio de Souza, do Hospital A.C.Camargo, muitos jovens negligenciam esses sinais iniciais. “É importante que qualquer alteração seja avaliada por profissionais de saúde, mesmo que o câncer não seja a causa mais provável”, afirma.
A prevenção inclui exames como a análise de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral, e antecipadamente para pessoas com histórico familiar da doença.
Quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal tem índice de cura superior a 80%, o que reforça a importância do rastreamento e da atenção aos sintomas.
Foto: Reprodução/TV Globo
Fonte: G1
