Na manhã de quarta-feira (26), uma mãe chinesa, preocupada com o atraso nas habilidades motoras e de fala de sua filha de um ano, levou a criança para um check-up completo. O diagnóstico foi surpreendente: um feto parasitário, armazenado dentro do crânio da menina, foi encontrado. O caso raro, conhecido como fetus in fetu (FIF), foi descrito no American Journal of Case Reports em 21 de junho.
O feto encontrado tinha cerca de 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, cabelos e olhos. FIF é uma anomalia rara onde um resquício de embrião ou feto se desenvolve dentro do corpo do irmão gêmeo, semelhante a gêmeos siameses, mas com a total assimilação de um corpo pelo outro. Normalmente, ocorre no abdômen da criança, com apenas cerca de 20 casos conhecidos de ocorrência no crânio.
Os médicos suspeitaram de algo anormal desde a gestação, pois a cabeça da menina parecia grande demais. Ela nasceu de cesariana às 37 semanas sem comprometimentos iniciais. No entanto, a lentidão no desenvolvimento, incapacidade de ficar de pé e o crescimento acelerado da cabeça começaram a preocupar a família. Em uma ressonância, uma cápsula foi encontrada, inicialmente pensada como um tumor, mas exames detalhados revelaram ossos indicando um feto malformado.
A cirurgia para remover o feto foi realizada devido à compressão do cérebro da menina e à hipertensão craniana. Além do gêmeo parasitário, vários tumores foram descobertos ao redor do feto. Infelizmente, a menina não acordou após a cirurgia e, sob efeito da anestesia, começou a ter convulsões incontroláveis. Ela resistiu por menos de duas semanas após o procedimento antes de falecer.