Durante uma megaoperação contra o tráfico de drogas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, as forças de segurança apreenderam 93 fuzis, 26 pistolas e um revólver, além de grande quantidade de munições e acessórios. Segundo a Polícia Civil, entre os armamentos há sete modelos diferentes de fuzis, como AR-15, AR-10, AK-47, FAL, G3, Benelli MR1 e Mauser — alguns deles de uso exclusivo das Forças Armadas do Brasil e de países como Argentina, Venezuela e Peru.
As armas estão avaliadas em cerca de R$ 9,3 milhões, podendo chegar a R$ 12,8 milhões quando somadas às munições e miras apreendidas. De acordo com especialistas, parte do arsenal apreendido é formada por “armas fantasmas”, conhecidas como ghost guns — fuzis montados de forma irregular com peças genéricas, muitas vezes fabricadas dentro do próprio território nacional.
A operação, considerada uma das maiores da história do estado, deixou mais de 120 mortos, incluindo quatro policiais, além de 113 presos e 10 adolescentes apreendidos. O governo informou que 42 dos mortos possuíam mandados de prisão em aberto.
Segundo a Polícia Civil, as armas passarão por perícia técnica e catalogação antes de serem incluídas no banco de dados do governo. Parte do material pode ser destinada às forças policiais, enquanto o restante será destruído em até três anos.
Autoridades afirmam que os complexos do Alemão e da Penha se transformaram em centros de distribuição de drogas e armas que abastecem outras comunidades da capital. Especialistas alertam que o impacto da operação só será duradouro se houver combate efetivo ao tráfico de armas que alimenta o poder bélico das facções.
📸 Crédito da foto: Leslie Leitão / TV Globo
🔗 Fonte: g1
