Com o clima seco desta época do ano, a população sofre não apenas com a falta de chuvas e o ar seco, mas também com as queimadas criminosas, que prejudicam ainda mais quem já sofre com problemas respiratórios e com a poluição do ar. De acordo com a responsável pelo setor de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semadetur), Dilma Nunes, nos últimos dias houve um grande número de focos de queimadas em vários pontos da cidade. “Geralmente são provocadas por pessoas que ainda não se conscientizaram quanto aos sérios problemas e prejuízos causados, tanto ao meio ambiente quanto à nossa saúde e segurança”, lamenta.
Conforme explica Dilma Nunes, o fogo descontrolado em áreas de mata ou em áreas de preservação ambiental, como é o caso da Serra de Santa Helena, destrói a vegetação que tem importantes funções e benefícios para o ecossistema, além de também afugentar animais ou até mesmo provocar a morte de muitos deles. “Em relação aos prejuízos ambientais, temos também como consequência a retirada da proteção do solo, deixando-o suscetível à erosão e comprometendo a sua qualidade. As nascentes, que são tão importantes para o equilíbrio hídrico e manutenção dos cursos d’água, ficam ainda mais vulneráveis”, completa.
O tempo seco do inverno é caracterizado pela baixa umidade do ar. A exposição aos gases, calor, fumaça e fuligem produzidos pelas queimadas piora consideravelmente a qualidade do ar, o que pode ocasionar consequências mais graves à saúde, relacionadas ao sistema respiratório e circulatório. “Como se não bastassem todos os problemas já conhecidos e que sempre devemos estar atentos, neste momento estamos diante de uma pandemia que afeta exatamente o sistema respiratório. A prática de queimadas no ambiente pode interferir no quadro das pessoas que estão em tratamento da Covid, prejudicando o processo de recuperação”, acrescenta Dilma.
A Prefeitura de Sete Lagoas – por meio da Semadetur – pede a todos que colaborem com a qualidade de vida, do ambiente e da saúde pública não realizando queimadas, não colocando fogo em lotes vagos nem em quintais. “Não é uma prática aceitável, é extremamente prejudicial e é crime previsto em leis municipais e federais”, lembra a educadora ambiental, se referindo às leis de crimes ambientais Municipal Nº 1.040/64 e Federal Nº 9.605/98. Em caso de observância de ocorrência de queimadas, ligue 181 ou 193.