O Dia da Menopausa, celebrado em 18 de outubro, busca conscientizar sobre a importância dos cuidados físicos e emocionais durante essa fase natural da vida da mulher. Segundo o ginecologista e professor da UFMG, Dr. Márcio Hipólito, o acompanhamento médico e o autoconhecimento são fundamentais para lidar melhor com as mudanças hormonais e os sintomas que surgem nesse período.
De acordo com o especialista, fatores como tabagismo, tratamentos contra o câncer e remoção dos ovários podem antecipar a chegada da menopausa, enquanto o histórico familiar pode influenciar em sua ocorrência tardia. Os sintomas mais comuns incluem ondas de calor, suor excessivo, distúrbios do sono, fadiga, esquecimento e alterações de humor. Em fases mais avançadas, também podem surgir ressecamento vaginal, dor nas relações e infecções urinárias frequentes.
O tratamento com terapia hormonal é indicado para aliviar sintomas vasomotores, prevenir osteoporose e tratar casos de menopausa precoce. Contudo, o método é contraindicado para mulheres com histórico de trombose, AVC, doenças hepáticas graves ou câncer de mama. “O tratamento deve ser sempre individualizado, considerando riscos e benefícios para cada paciente”, explica o médico.
A queda dos níveis de estrogênio pode causar depressão e ansiedade devido à desregulação das aminas cerebrais. Nesses casos, o Dr. Hipólito orienta buscar apoio psicológico ou psiquiátrico, especialmente quando os sintomas passam a interferir nas atividades diárias.
O ginecologista também critica a falta de acesso das mulheres brasileiras a tratamentos adequados no SUS, destacando a ausência de medicamentos hormonais disponíveis, com exceção de alguns cremes vaginais.
Entre os principais mitos que ainda circulam, ele cita o medo de que a terapia hormonal cause câncer ou ganho de peso. “Essas crenças afastam muitas mulheres de um tratamento que poderia melhorar sua qualidade de vida”, reforça o professor.
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📰 Fonte: O Tempo




















