A menopausa precoce, condição caracterizada pela perda das funções dos ovários antes dos 40 anos, atinge cerca de 30 milhões de mulheres no Brasil, o que representa quase 8% da população feminina, segundo o IBGE. Apesar de ter os mesmos sintomas da menopausa natural, o impacto emocional costuma ser ainda mais intenso devido à idade em que ocorre.
Os sinais mais comuns incluem ondas de calor, sudorese noturna, insônia, irritabilidade, queda da libido, ressecamento vaginal, alterações de humor, fadiga, dificuldade de concentração e ciclos menstruais irregulares ou ausentes. A diferença principal está no momento de início: enquanto a menopausa natural acontece entre os 45 e 55 anos, a precoce pode surgir antes dos 40, muitas vezes surpreendendo mulheres que não estão preparadas para essa transição.
Entre as causas, estão fatores genéticos, doenças autoimunes, tratamentos contra o câncer, mutações genéticas, exposição a toxinas ambientais e altos níveis de estresse. Além dos impactos físicos, a condição pode trazer forte carga emocional, principalmente pela associação com a perda da fertilidade, o que pode gerar frustração, tristeza e até sintomas de depressão e ansiedade.
O diagnóstico costuma ser desafiador, já que os exames muitas vezes não apontam alterações significativas. Por isso, o acompanhamento médico especializado é essencial. O tratamento mais comum é a reposição hormonal, indicada para reduzir os sintomas e prevenir riscos maiores, como doenças cardiovasculares e osteoporose. Cada caso, no entanto, deve ser avaliado individualmente, considerando histórico familiar e pessoal.
Além da terapia hormonal, médicos e especialistas reforçam a importância de uma rotina de exercícios físicos, suporte psicológico e uma alimentação balanceada, rica em cálcio, vitamina D, fibras e antioxidantes. Alimentos como linhaça, chá de folha de amora, brócolis e inhame podem auxiliar no equilíbrio hormonal e no alívio dos sintomas.
Enfrentar a menopausa precoce exige cuidado multidisciplinar e redes de apoio que ajudem as mulheres a passar por essa fase com mais qualidade de vida e menos estigmas sociais.
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Fonte: O Tempo
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