Ônibus e caminhões, que representam apenas 4% da frota nacional, foram responsáveis por 51,5% das mortes nas rodovias federais brasileiras no primeiro semestre de 2024. Segundo a Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), esses veículos também causaram 27,6% dos acidentes e 27% dos ferimentos registrados. De janeiro a junho, 2.908 pessoas morreram em 35.166 acidentes, que resultaram em 40.518 feridos, com um aumento de 9% no número de mortos em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A Ammetra destaca a necessidade de tratamento diferenciado para motoristas profissionais, devido ao maior tempo que passam na estrada e os riscos aumentados. A flexibilização do Código de Trânsito Brasileiro em 2018, que igualou os prazos de validade das CNHs para motoristas comuns e profissionais, é vista como problemática. A pesquisa também revela que o consumo de drogas é alto entre caminhoneiros que trabalham longas horas, aumentando os riscos de acidentes.