sexta-feira, 29 de março de 2024

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MG revisa protocolo para identificar casos de reinfecção por COVID-19

Por Dentro De Tudo:

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A possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus passou a ser considerada pelo governo de Minas em um protocolo com orientações a profissionais da saúde, divulgado nesta segunda-feira (7). A partir de agora, todas as pessoas que já receberam diagnóstico positivo para a Covid-19 que voltarem a manifestar os sintomas da doença, a partir de 90 dias após a primeira confirmação, devem ser testadas. Em caso de resultado positivo, as amostras das duas infecções devem ser enviadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), que fará o sequenciamento genético para verificar a presença de mutações.

Segundo o protocolo, dados atuais da literatura científica indicam que a maioria das pessoas infectadas pelo coronavírus ficam imunes por um período de até três meses. Por isso, são considerados casos suspeitos de reinfecção aqueles em que o paciente apresenta um novo quadro clínico em período igual ou superior a 90 dias após a primeira confirmação laboratorial. Ele deve passar pelo teste de RT-PCR e, em caso de resultado positivo, manter isolamento conforme avaliação médica. Todos esses casos devem ser notificados.

A revisão do protocolo foi feita após cientistas de Hong Kong confirmarem, em agosto, o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus no mundo. O paciente, um homem de 33 anos, foi infectado pela segunda vez 142 dias após a primeira contaminação. Os pesquisadores descobriram que o vírus da segunda infecção pertencia a uma linhagem diferente da primeira.

No Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) investigam o caso de uma técnica de enfermagem que, em maio, testou positivo para a Covid-19 e, após melhorar, voltou a apresentar sintomas da doença e a testar positivo 38 dias depois.

Em Minas Gerais, a morte do técnico de enfermagem Libério Tadeu Fonseca Pereira, de 22 anos, de Itatiaiuçu, na região Central, também levantou a possibilidade de reinfecção. Ele tinha sido contaminado em abril, voltou a testar positivo no fim de junho e morreu em julho por complicações da doença.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), não há confirmações de reinfecção no Estado. Segundo a pasta, dois casos — um em Contagem, na região metropolitana, e outro em Varginha, no Sul de Minas — estão sendo investigados. Outros casos foram notificados, mas o Estado ainda está checando as informações para avaliar se eles se enquadram nos critérios.

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