domingo, 19 de maio de 2024

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Minas Gerais deve permanecer na ‘onda roxa’ até abril; São 714 pacientes na fila de espera por UTI

Por Dentro De Tudo:

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Minas Gerais tem pelo menos 714 pacientes com Covid-19 aguardando vagas de terapia intensiva. A informação foi dada pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (24). Por causa da ocupação hospitalar, a “onda roxa” do programa Minas Consciente se estenderá até o dia 4 de abril.

De acordo com Bacheretti, os pacientes com Covid-19 têm ficado mais tempo nas UTIs e, nem mesmo a criação de novos leitos, que dobraram desde o início da pandemia, foi suficiente para suprir a demanda. Ainda segundo ele, em três dias, o número de pacientes na fila por leito aumentou 51,9%. Minas Gerais tem 2.525 pacientes internados leitos de UTI específicos a doença.

“Esta doença tem grande transmissibilidade e o paciente fica muito tempo internado. Por isso, a pressão é tão grande dentro da rede hospitalar. A função da redução de novos casos. (…) Todo esforço para abertura de leitos não é suficiente para segurar este vírus.”, disse.

De acordo com ele, as restrições impostas pela “onda roxa”, só vão surtir efeito na hospitalização dentro de 15 a 21 dias. Para redução de óbitos, o prazo é de cerca de 30 dias. “Daqui a duas, três semanas, os números aumentarão de forma progressiva”, falou.

Outro desafio vivido pelo estado é a falta de “kit intubação”. De acordo com o secretário, o estoque de kits acabou na terça-feira (23). Ele disse que o Ministério da Saúde garantiu entregar novos insumos a todos os estados em crise até a próxima sexta-feira (26), que serão, segundo Bacheretti, distribuídos imediatamente aos hospitais.

O secretário também informou que, em encontro com o governo federal, em Brasília, o governador Romeu Zema (Novo) sugeriu a compra de insumos e vacinas de outros países. “Nossa expectativa ainda é que tenhamos um aumento maior do que a capacidade produtiva dos fabricantes”, disse ele.

Bacheretti também falou sobre a dificuldade de hospitais em obtenção de cilindros de oxigênio.

“Boa parte dos leitos de UTI do estado fornece a base de cilindros. Cada leito de UTI consome cerca de 6 cilindros por dia. O grande gargalo não é a produção do oxigênio, mas a logística de fornecimento constante deste insumo”, falou.

A SES-MG também passa a fornecer, a partir de agora, um financiamento para que estes hospitais possam melhorar sistema de fornecimento de gases, trocando cilindros por grandes reservatórios de oxigênio líquido.

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