O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta quarta-feira (9) a nova atualização da “lista suja” do trabalho escravo, e Minas Gerais segue como o estado com mais empregadores envolvidos em práticas análogas à escravidão no país. Dos 745 nomes listados, 159 são de Minas, o que representa 21% do total.
Em 2024, o estado já registrou 165 casos — de um total de 727 no Brasil — envolvendo principalmente atividades rurais, mas também com 18 casos de trabalho doméstico. A Região Metropolitana de Belo Horizonte e a Região Central concentram vários desses empregadores, com nomes em cidades como Nova Lima, Betim, Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Mariana, Ouro Preto, São João del-Rei e Nova Era.
Entre os casos, destaca-se uma fábrica clandestina em Minas Gerais que produzia 16 mil cigarros por minuto e mantinha trabalhadores em situação degradante.
A inclusão na “lista suja” ocorre após conclusão de processo administrativo, com decisão definitiva, sem possibilidade de recurso. A lista é considerada uma das principais ferramentas de combate ao trabalho escravo no Brasil desde sua criação em 2003. As denúncias podem ser feitas de forma remota e anônima pelo Sistema Ipê.
Foto: Agência Brasil | Fonte: BBC/MTE